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Notícias

Praça QR 114 de Samambaia Sul recebe às 19h, última exibição do Filme Catadores de História
Hoje, 29/06, teremos a última exibição do filme Catadores de História, encerrando a temporada de lançamentos populares, com exibições livres e gratuitas em espaços de educação do Distrito Federal. O documentário percorreu seis espaços de educação do Distrito Federal: Campus IFB – Estrutural (06/06); CEM 02 – Brazlândia (11/06); CEM Júlia Kubistchek – Candangolândia (19/06); CEM Urso Branco – Núcleo Bandeirante (18/06); CED 416/516 – Santa Maria (28/06) e, em sua última exibição, seguida de roda de conversa com a cineasta e diretora Tania Quaresma e Catadores/Artistas que protagonizaram o documentário, contempla a Praça da QR 114 – Samambaia Sul (29/06), às 19h. Tania Quaresma, diretora do Catadores de História, é uma cineasta de renome, que tem em seu currículo uma extensa lista de realizações:

discos, shows, exposições multimídia, séries de TV, filmes de curta e longa-metragem, documentários. Começou a trabalhar como fotógrafa em 1967, com 17 anos, documentando, para a Folha de São Paulo, os movimentos estudantis e operários de protesto contra o governo militar. Desde então, trabalhou para as mais importantes redes de TV do país, fotografou os Jogos Olímpicos no México, documentou aspectos da vida em Cuba, fez curso de cinema na Alemanha, produziu documentários, séries de TV, filmes de longa-metragem, discos, shows e exposições multimídia. Lançou seu primeiro longa-metragem, Nordeste: Cordel, Repente, Canção, em 1975, outro, Trindade: Curto Caminho Longo, em 1979 e outro Nísia, Paulo e Josué - Oficinas de Memória, em 2008. Catadores de História é seu quarto filme de longa-metragem, e tem como tema central Catadoras e Catadores de Materiais Recicláveis que sobrevivem do que a sociedade rejeita e chama de “lixo”. O filme recebeu três prêmios na Mostra Competitiva do Troféu Câmara Legislativa, no 49º Festival de Cinema de Brasília, em setembro de 2016: melhor trilha sonora, melhor fotografia e melhor filme de longa-metragem (júri oficial). Na Mostra SESC de Cinema (2017) Estadual e Nacional, recebeu o prêmio melhor direção e melhor desenho de som. A temporada de exibições, públicas e gratuitas, é uma realização da Tantri Arte e Cultura, da Caminho do Meio e do Governo Federal, por meio da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura.
Santa Maria e Samambaia Sul recebem o prestigiado Lançamento popular do Filme Catadores de História
Chegou a vez de Santa Maria e Samambaia Sul receberem o prestigiado lançamento popular do Filme catadores de História.
Atenção para as datas:

Santa Maria
Quando: 28 de junho às 11h30min
Onde: CED 416

Samambaia Sul
Quando: 29 de junho às 20h
Onde: Praça da QR 114
Criar um ambiente favorável para despertar nas comunidades o interesse e compromisso com a Coleta Seletiva, com a adoção de atitudes que possibilitem a redução da geração de resíduos, com o reaproveitamento de materiais recicláveis, e com a correta destinação do que é descartado como “lixo” – é um modo de contribuir para a formação de pessoas conscientes dos resíduos que todos produzimos, que podem – e devem – ser gerados com mais parcimônia, e descartados com consciência ambiental. O premiado documentário Catadores de História propõe e promove esse ambiente, em temporada de lançamentos populares que contarão com exibições livres e gratuitas, seguidas de rodas de conversa com a cineasta Tania Quaresma e o elenco de atores/Catadores (as) Ronei Alves e Aline Sousa.
CEM Júlia Kubitschek recebe Lançamento popular do Filme Catadores de História

O CEM JK recebe hoje, neste 19 de junho, às 19h30, o documentário Catadores de História – um filme de valor inestimável, por abordar de forma sensível e responsável temas tão polêmicos e atuais, como a produção de “lixo” e o consumo desenfreado, a coleta e destinação dos resíduos sólidos, o importante papel da/os Catadora/es, considerando o serviço ambiental que prestam à sociedade. O filme, em plena temporada de exibição livre e gratuita a estudantes de universidades e escolas públicas do DF, acumula uma história de sucesso: três prêmios na Mostra Competitiva do Troféu Câmara Legislativa, no Festival de Cinema de Brasília, em setembro de 2016; melhor trilha sonora, melhor fotografia, melhor filme de longa-metragem (júri oficial) e melhor documentário, no Festival de Cinema Sesc/Nacional.
CEM Urso Branco Núcleo Bandeirante recebe o Lançamento popular do filme Catadores de História



Neste 18 de junho, às 19h30, foi a vez do CEM Urso Branco Núcleo Bandeirante acolher a exibição do documentário Catadores de História, em itinerância por espaços públicos de Educação do Distrito Federal. Esta é uma oportunidade muito especial para quem gosta de um bom filme seguido de bate papo com a diretora e cineasta Tania Quaresma e com Catador@s/Artistas que protagonizaram o documentário. Para além da fruição, o tema convida a reflexão sobre o modo como tratamos nosso planeta, Lar de toda/os nós.


Brazlândia recebe Lançamento popular do Filme Catadores de História

Brazlândia recebe, neste 11 de junho, no Centro de Ensino Médio 02, o lançamento popular do filme Catadores de História. O compromisso da cineasta Tania Quaresma com questões como a produção e o descarte de “lixo”, os processos de destinação e reciclagem, a função social e ambiental dos catadores, não encerrou com a produção do premiado documentário Catadores de História. Ao longo do mês de junho, estudantes de escolas públicas de ensino fundamental, médio e superior, incluindo turmas de EJA (Educação de Jovens e Adultos) – terão acesso livre e gratuito ao documentário e a oportunidade de conversar com os Catadores (as)/atores Ronei Alves e Aline Sousa e com Tania Quaresma sobre o filme, em diálogos que promovem informações e reflexões sobre o compromisso de cada um/uma com o consumo e o descarte de “lixo”.
Campus Estrutural IFB sedia o primeiro lançamento popular do filme Catadores de História



O Campus Estrutural do Instituto Federal de Brasília – IFB acolheu, na agradável noite do dia 6 de junho, a primeira exibição do filme Catadores de História, dando início à temporada de exibição seguida de bate papo, que contou com a presença da diretora Tania Quaresma e das personagens/Catadoras: Aline Sousa e Lúcia Fernandes. A Ação percorrerá seis cidades do Distrito Federal, oferecendo a estudantes e comunidades, em espaços de educação públicos, acesso à produção artística e, ao mesmo tempo, a oportunidade de refletir sobre questões tão fundamentais, como o papel (e a função social/ambiental) dos Catadores, o consumo e o descarte de “lixo” nos espaços urbanos e a responsabilidade de cada um/a de nós com a saúde do meio ambiente e, porque não dizer, do planeta que nos acolhe.


Estavam presentes Caroline Soares dos Santos, Diretora de Ensino, Pesquisa e Extensão, do Campus Estrutural/IFB; Tania Quaresma, cineasta e diretora do documentário Catadores de História; Geralda Magela, produtora executiva do filme; Aline Sousa, presidente da CENTCOOP, Central da Cooperativa de Catadores; Lúcia Fernandes, presidente da COORACE, Cooperativa de Materiais Recicláveis da Estrutural, além de coordenadores, professores, estudantes e comunidade.
A exibição foi seguida de um bate papo emocionado e muito interessante, momento em que o/as estudantes, professores e coordenadores não desperdiçaram a oportunidade de conversar com as personagens/Catadoras Aline Sousa e Lúcia Fernandes, buscando ampliar e aprofundar informações sobre os diversos processos afetos aos trabalhos de coleta, seleção, reaproveitamento e reciclagem de resíduos sólidos. O ponto alto da noite foi presenciar o interesse dos estudantes em aprender como fazer o descarte adequado do “lixo” doméstico, buscando formas de contribuir com o trabalho dos Catadores.

Lançamento popular do Filme Catadores de História

Este mês de junho, o premiado filme Catadores de História, de Tania Quaresma, inicia uma temporada de lançamentos populares, com exibições livres e gratuitas em espaços de educação do Distrito Federal, contemplando universidades e escolas de ensino fundamental e médio das cidades: Estrutural, Brazlândia, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Samambaia, Santa Maria. As sessões de exibição contarão com a presença dos personagens/Catadores (as) Ronei Alves e Aline Sousa e da própria diretora, Tania Quaresma, para um bate papo informal sobre o documentário, seu processo de produção, e questões relacionadas ao consumo excessivo, ao descarte de “lixo”, à função social e ambiental dos Catadores, e ao compromisso de cada um de nós com o planeta em que vivemos. A Ação é uma realização da Tantri Arte e Cultura, da Caminho do Meio e do Governo Federal, por meio da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura.








Uma pequena história catada no lixo
por Vicente Sá
A humanidade desde sempre produz lixo. Restos, sobras e entulhos são inerentes ao trabalho humano. Na infância da humanidade, as cidades eram quase sempre próximas a uma fonte de água, um rio, um lago ou um mar. A coleta de lixo não existia e as pessoas jogavam seus dejetos nas ruas, quando muito nas águas mais próximas. Muitas doenças advinham da sujeira e poucas cidades possuíam algum tipo de saneamento.
No Rio de Janeiro, em meados de 1850 ainda se jogava as fezes dos penicos nas ruas, porém era de bom tom avisar-se aos passantes com o grito de “Lá vai merda”. Os escravos retiravam das casas dos seus senhores os barris de excrementos durante as madrugadas para que os vizinhos não soubessem que os ricos moradores eram mortais e também evacuavam. Estes barris de urina e fezes eram jogados nas águas do cais ou em córregos. Em 1876 foi efetivado um serviço de limpeza urbana na cidade com a contratação da firma Aleixo Gary. Por causa do sobrenome do dono da empresa, até hoje os empregados da limpeza urbana são chamados de gari.
Com todo o planejamento, durante a construção de Brasília não se pensou um local para se recolher os entulhos das construções. O engenheiro Roosevelt Nader conta, que três dias antes da inauguração da cidade, no corre corre da finalização das obras, a Esplanada ainda estava cheia das sobras de madeira e concreto dos ministérios. Sem tempo nem caminhões para retirar a grande quantidade de entulhos, o engenheiro optou por enterra-los ali mesmo, onde estão até hoje.
Os catadores, hoje finalmente reconhecidos como necessários para o reaproveitamento de boa parte daquilo que é jogado fora e para a própria a sustentabilidade das sociedades urbanas, são registrados no Brasil desde 1895 nas ilhas de Sapucaia e Bom Jesus no Rio de Janeiro. Nesta ilha eram jogados os resíduos da capital federal àquela época e os habitantes das ilhas já selecionam e dividiam entre si todo material que podia ser reaproveitado.
Hoje, cerca de 60% do que é reciclado no Brasil sai das mãos e das carroças dos catadores. Estes cidadãos que enxergaram primeiro a vida que pulsava nas inanimadas coisas abandonadas, se fizeram tão necessários que já não podem mais ser ignorados nem pelo estado nem pela sociedade.
Vicente Sá
Projeto Catadores de História agora tem um olhar que engloba todo o Brasil
O longa metragem Catadores de História - um filme oficina - ganhou novos rumos, cresceu e alongou seu olhar do Distrito Federal para todo o Brasil. Agora o filme vai mostrar a vida e o trabalho das catadoras e catadores nas cinco regiões brasileira. A cineasta Tânia Quaresma explica que a necessidade de mudança aconteceu por vários fatores: “Primeiro porque nós que trabalhamos no projeto mudamos. Quando a agente começou só tínhamos o conhecimento teórico da Lei e com o começo dos trabalhos nós fomos vendo que a realidade era outra. Segundo que a ideia do projeto não era um filme sobre, mas com as catadoras e catadores e isto implica em troca e a troca em mudanças, ninguém fica igual depois de conhecer outra realidade. Outra coisa importante é que o “lixão da Estrutural”, que deveria ter sido desativado não foi desativado e também que só trabalhando com eles é que nós entendemos a existência e força da “máfia do lixo” e a importância da luta nacional das catadoras e dos catadores para que a Lei seja implementada corretamente.
Só aí que nós vimos que o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis - MNCR tem que ser protagonista na formulação e implementação das Lei e políticas que tratam de resíduos sólidos”, explica Tânia.
A guinada mais forte do projeto aconteceu, segundo Tânia, em São Paulo, quando a equipe foi filmar e gravar entrevistas na Expocatadores que acontece todo ano; Lá nós pudemos ver como a organização das catadoras e catadores é grande, como trabalham e discutem os temas que são importantes não só para eles, mas para toda a sociedade. Um movimento que nos impressionou também pela postura nada subserviente, mas sim postulante. E aí vimos que tínhamos que trabalhar com o pessoal do Movimento Nacional para que o filme e o projeto realmente tivessem representatividade e as pessoas se vissem bem no filme e no projeto. E também vimos com a comissão nacional do movimento que o filme não poderia ser só sobre o "Lixão da Estrutural”, mas sobre diversos “lixões” de todo o Brasil em suas diferentes e parecidas realidades”, completa.
A partir deste momento a equipe passou a trabalhar com a ideia de um projeto que se chamasse Catadores de História - reflexões sobre “lixo”, consumo e impermanencia – passou a ouvir a comissão nacional dos catadoras e catadores na elaboração das mudanças do trabalho, definindo quais locais iriam ser filmados, o que fazer em cada região para mostrar aquela realidade, buscando assim montar um quadro verdadeiro da luta destes brasileiros e brasileiras por suas vidas e pela implementação da Lei de Resíduos Sólidos que envolve não só catadoras e catadores dos “lixões”, mas carroceiros, cooperativas, empresas e até falsas cooperativas que são criadas para driblar a legislação.
Tânia explica também que eles próprios da equipe se reciclaram durante este tempo de trabalho, cresceram e a partir daí resolveram também utilizar o grande material fotográfico que já tinham produzido para fazer uma grande exposição não só de fotos, um trabalho maior, multimídia.
“Já estamos com a garantia do espaço no Museu da República para a exposição no ano que vem durante o Festival de Cinema de Brasília. Vamos produzir também um almanaque sobre todo o processo que levou ao filme, livros sobre reciclagem em linguagem de cordel, camisetas e objetos que serão criados nas oficinas numa mostra de como e quanto se pode e deve reciclar”, avisa Tânia.
Ela lembra ainda que o filme será inscrito no Festival de Cinema de Brasília de 2016 e se for classificado, concorrerá.
Vicente Sá
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